domingo, 26 de junho de 2011

Intermitencias

Não era bem o que eu esperava ...
Entre as palavras frias que congelaram as minhas expectativas,
já havia me tornado um corpo congelante perante os reflexos de sua vida.

Se antes ele representou para mim
melodia sedutora
na qual me embalei por segundo e minutos
eternos em minha memória desdobrada;
depois se tornou o Anjo Negro da Morte.

Ah! Se não sofri,
foi um tapa que faz da pele um roxo,
cujo sangue estancado por dentro denuncia violência e covardia.

A mesma face que suportou a dor
vergonhosa, calada, mas gritante.

Foi de repente.
ele veio como um sopro que ri,
segurou a minha mão e,
docemente marcou o meu rosto com um beijo.

E agora, me diz: O que ele é para mim?